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sexta-feira, 28 de maio de 2010



COMO TATUAGEM...

[Para Dani Mello e Regina Azenha]

O amor não acaba assim...
Só porque a gente diz acabou.
Como tatuagem... Deixa impressões
a ferro em brasa de marcas intensas
e profundas... É como um eco no silêncio
aberto das horas vagas, que não passa,
mas estar sempre ali, atento, a torturar
o vão momento da reflexão, num suspiro
incerto, da saudade em mágoa...
Até mesmo do All Star velho, do jeans
surrado, o Ray ban arranhado, ou da
camiseta suada no desenho mágico do
instante, que nos adormece o nu
suicídio poético.


o.vasconcelos





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