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sábado, 5 de junho de 2010






INTERIOR

Vento
que vem da paixão pelas esquinas
vazias do meu coração interior.
Alma de vestes rasgadas sem flores
e sem nada a tecer seu valor.
Vento que sacode os segundos, num
canto do mundo no fundo do além...
Leva um beijo perdido, um verso
banido, um sonho refém.
Vento que dança nas vagas
quebrando as vidraças desse meu
interior.
Alma que se arrasta inclemente
na força das correntes zombando
do amor.
Vento que sopra e embala, murmura
e não fala... Os segredos do amor.
Oh, vento que vem, vento que vai,
sem ti, como me imaginar...
Reinventa fora de mim outro lugar.

o.vasconcelos

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